O diagnóstico arqueológico constitui-se como uma avaliação prévia do potencial arqueológico, histórico e cultural nas áreas de impacto direto e indireto de empreendimentos sejam eles de grande ou de pequena dimensão.
Na verdade, as lacunas ao nível de um correto e ponderado ordenamento do território português que tenha em consideração a localização e o valor dos bens arqueológicos existentes explicam, parcialmente, algumas das dificuldades que atualmente se sentem no correto planeamento de empreitadas de obras públicas e privadas. Os níveis de incerteza e de insegurança podem ser elevados, particularmente no caso de empreitadas que não foram sujeitas a avaliação de impacte ambiental ou cujo conteúdo se encontra desatualizado, dada a ausência de dados arqueológicos suficientemente organizados que possam informar previamente a tomada de decisões.
A execução de um diagnóstico arqueológico (de forma manual ou mecânica) torna-se assim importante em situações de proximidade a potenciais sítios arqueológicos conhecidos, com o objetivo primordial informar o cliente de forma consistente dos eventuais riscos arqueológicos que se colocam à sua empreitada, tornando possível antecipar eventuais condicionantes do ponto de vista arqueológico e, desta forma, garantir o correto planeamento da empreitada.